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Código de Conduta

Um código de conduta existe para nos entendermos como comunidade e nos respeitarmos como seres humanos sem qualquer discriminação e opressão.

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Este orienta-nos a conversar, trocar ideias, cuidar e garantir os acordos de bem-estar e respeito mútuo. E por isso, está em constante evolução ao acompanhar as nossas necessidades e aprendizagens.

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A comunidade do IRREVERENTE faz-se pela equipa que trabalha no festival, as instituições apoiantes, as pessoas convidadas, as participantes inscritas e o público em geral que frequenta as atividades do festival.

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Assim, todas as pessoas que participam das atividades do Festival comprometem-se a:

- Realizar as atividades e preservar o espaço de acolhimento mantendo um clima de bem-estar, amigável e segurança para todas as pessoas;

- Respeitar e incluir todas as pessoas sem distinção de género, idade, exercício de parentalidade, orientação sexual, identidade de género, expressão de género, deficiência, aparência física, peso, etnia, religião, cultura, ou qualquer outra identidade de grupo;

- Exigir respeito por si e pelas demais pessoas;

- Zelar pela integridade física e emocional de todas as pessoas;

- Estar disponível para o diálogo, cordialidade e empatia nas nossas diversidades;

- Exercitar a auto-reflexão e a solidariedade entre a comunidade;

- Cuidar e responsabilizar-se pelos espaços físicos que usufrui;

- Ler e agir em prol do nosso código de conduta.

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Práticas aconselháveis para ajudar a cumprir nossos acordos:

- Uso e respeito dos pronomes pelos quais as pessoas se identifiquem;

- Adoção de linguagens inclusivas de género;

- Exercer a sua liberdade de não comentar sobre os corpos das outras pessoas;

- Disponibilidade para apoiar as outras pessoas, sem ferir a si;

- Respeitar os acordos e horários das atividades;

- O que as pessoas fazem ou não nas atividades de confraternização ou quaisquer outras são do puro interesse delas próprias, agradecemos a abstenção de comentários.

- Divertir-se na sua pele com todo o orgulho de ser quem é.

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A equipa do IRREVERENTE trabalha numa hierarquia horizontal, na qual os cargos e funções existem por organização de trabalho e não por dinâmicas de poder. Assim, tanto nas relações internas da equipa como na relação com participantes e público em geral, o que guia o nosso código de conduta enquanto comunidade é o senso de que ninguém é mais importante que ninguém, e ninguém é menos importante que ninguém. Um bom exemplo está no facto de que, pela hierarquia de organização, a equipa do IRREVERENTE compromete-se a proporcionar às pessoas participantes espaços de trabalho limpos e organizados, o que não impede que, ao perceber que alguém está a limpar um espaço, a pessoa participante não possa disponibilizar-se para apoiar na limpeza e organização. É uma responsabilidade da nossa equipa e que será cumprida, e ainda assim é dever e um interesse mútuo preservar e cuidar dos nossos espaços de convívio.

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Desta forma, supomos sempre o melhor das pessoas e as melhores intenções nas suas palavras e ações, cientes ao mesmo tempo de que o nosso melhor ainda assim pode não ter o melhor impacto nas demais.

 

Sabemos também que cada pessoa é um universo de camadas de culturas, e que as perspectivas tendem a ser diversas em variados assuntos e situações. Respeitamos e incentivamos essa diversidade ao mesmo tempo que ela não autoriza discursos de ódio, comportamentos (falar é agir) ofensivos, ameaçadores, assediadores, discriminatórios, opressores e que provoquem constrangimento ou ameacem a integridade física e/ou emocional de qualquer pessoa, seja de forma verbal, escrita (física ou digital) ou presencial. Essas práticas, além de criminais em várias instâncias, não são toleráveis ou compatíveis com os propósitos do IRREVERENTE. 

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Por isso, incentivamos sempre o diálogo em primeira instância na ocorrência de desentendimentos ou pontos de vista divergentes. Mas nós estamos sempre cientes também que a maioria das opressões são sistemáticas e tornam a parte oprimida refém das situações, e por isso disponibilizamo-nos a servir de intermédio de conversas, em mediação direta (com a presença das partes envolvidas) ou indireta (em conversas em separado).

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Em caso de denúncias de ações (falar é agir), cada caso é específico, tendo como diretrizes principais:

  • Ambas as partes serão ouvidas, sempre assegurando e advertindo formalmente a gravidade das ocorrências, sejam elas intencionais ou não.

  • A preservação da integridade física e emocional de todas as pessoas envolvidas, sem se abster em qualquer momento da proteção à pessoa que sofreu a situação.

  • Como medidas aplicáveis, além da advertência formal, a pessoa ou grupo infrator pode perder os seus privilégios como membros da comunidade do IRREVERENTE, como, conforme o caso: 

    • impedimento da participação ou presença em atividades do Festival daquele ano e/ou de seguintes;

    • encerramento imediato de contratos (seja de pessoas convidadas, contratadas ou que se inscreveram para as atividades);

    • intervenção policial.

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Apontamos que o IRREVERENTE responsabiliza-se em intervir nessas situações, entendendo-se como anfitrião numa posição de mediador natural dessas questões, mas a comunidade em geral não se exime de responsabilidade ao não compactuar ou tornar-se cúmplice de ações intoleráveis por nós, em conjunto. Novamente: sempre mantendo a integridade física e emocional de todas as pessoas envolvidas. Assim, em sala de aula, a pessoa docente tem tanta responsabilidade quanto as discentes em garantir um bom espaço de convívio, o sentimento de segurança e o espaço de escuta. A nossa hierarquia é horizontal: somos responsáveis por igual mesmo que alguma parte, a equipa do IRREVERENTE no caso, oficialmente deva e irá posicionar-se em cada ocorrência.

 

Haverá uma pessoa responsável por atender e acolher qualquer demanda para manter nosso Espaço Seguro como comunidade do Festival IRREVERENTE. Ela levará a sério a declaração de qualquer pessoa afetada e reconhecerá seu senso subjetivo do que aconteceu sem fazer nenhum julgamento de valor. Em todos os casos, a pessoa afetada tem o direito de fazer seu próprio julgamento em relação aos seus limites e qualquer mágoa experimentada. Podemos discutir outros procedimentos em conjunto com a pessoa em questão. Deve haver uma intervenção? Como a pessoa afetada pode ser apoiada? A pessoa afetada precisa de algum suporte adicional que não podemos fornecer? Nesses casos, podemos recomendar detalhes de aconselhamento e assistência de terceiras partes.

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Sobre o uso de Redes Sociais:

  • É de bom tom pedir permissão para fotografar ou filmar alguém antes de fazê-lo e de publicar em meios sociais: se existem outras pessoas na sua imagem, ela não pertence só a você;

  • Captar imagens de espetáculos e trabalhos artísticos somente quando autorizado e conferir a identificação dos nomes dos grupos e artistas (é elegante escrever os nomes e títulos corretamente ou como são identificados nas redes sociais);

  • Marcar o Festival é mais que incentivado: @irreverenteimpro (instagram e facebook) 

Especificações quanto às Atividades Formativas

  • Aconselhamos que cheguem aos espaços das atividades um pouco antes para que a atividade possa começar à hora e para o momento de encontro e confraternização que a precede;

  • Incentivamos que seja aberto o espaço de partilha das limitações que possam vir a ser um risco para a saúde física e/ou emocional (sejam tópicos, assuntos, ou posições corporais) das pessoas envolvidas. Essa partilha pode ser privada com a pessoa responsável pela atividade, com as pessoas parceiras pontuais das atividades, e/ou com a turma toda;

  • Tenha consciência de como está naquele dia para aquela atividade: respeitar-se é um ato de generosidade até mesmo com as outras pessoas;

  • Compareça com disponibilidade e boa energia, festivais são intensos, a festa é boa e para que continue a ser temos de nos cuidar.

  • O espaço de formação não é um espaço de terapia e as pessoas docentes não são terapeutas, mas não ignoramos a potência da arte em tocar-nos e abrir portas que nos possam desestabilizar. Peça ajuda para sair da situação pontual e procure ajuda profissional: saúde mental e emocional são extremamente importantes;

  • Dizer “Sim, e” na improvisação não invalidam consentimento;

  • Suponha o melhor e por isso mesmo pronuncie-se quanto a algo que incomode, se assim sentir necessidade de fazê-lo;

  • Diversifique as pessoas com quem trabalha nos exercícios (se isso não comprometer a proposta da aula);

  • Beba água! Dica: leve a sua garrafa de água e se vir alguém a beber água, use isso como lembrete para beber água também.

Especificações quanto às Atividades Artísticas

  • Respeite os horários de chegada, início e término das atividades para que a organização flua e as outras pessoas não sejam prejudicadas no seu tempo de atividade;

  • Verifique consigo e com o grupo, quando for o caso, como estão naquele dia para aquela atividade: respeitar-se e às demais pessoas é revolucionário;

  • Se algum tópico discriminatório ou ofensivo aparecer na sua improvisação, assuma-o: ele já apareceu, responsabilize-se e use a arte como plataforma de transformação. Estaremos do seu lado em comunidade, se você se permitir a fazê-lo.

Especificações quanto às Atividades de Confraternização

  • Muitas pessoas, de muitos lugares numa cidade nova para a maioria: por segurança, mantenha alguém com a informação do seu paradeiro;

  • Ninguém tem que tomar conta de ninguém, mas como comunidade cuidamos de nós, respeitando as decisões adultas e sóbrias de cada pessoa.

  • Bebam, gente! E bebam água também! E comam! Comam, porque a comida de Portugal vale tanto quanto o vinho… e a cerveja… a ginginha… a sangria… e o sumo de laranja do Algarve!

Que seja doce, salgado, fraterno, nosso e irreverente!

Contatos Importantes

Emergência Europa: 122

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Linha Nacional (Portugal) de Emergência Social: 144

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